quarta-feira, 19 de junho de 2013

TRADUÇÃO DA F*** MAGAZINE – PARTE I

Na corrida para o lançamento cinematográfico O Cavaleiro Solitário, Johnny Depp fala a F*** sobre completar meio século de idade e como ele ainda está chocado por ser um superastro global.
Johnny Depp completa 50 anos em 9 de junho e celebra a ocasião com uma nova vida, um novo romance e um novo filme.
Depp não admite ter uma crise de meia-idade e insiste que não tem medo de envelhecer. “Qual é a alternativa?” ele pergunta.“Acho que você pode ser uma criança para sempre, se você quiser. Conheci muitas pessoas em seus últimos anos, que eram como crianças, tinham a energia de crianças pequenas, a curiosidade e o fascínio. Eu acho que é uma grande diversão envelhecer”.
Famoso por seu visual galã, o ex-astro adolescente, transformado-em indie querido, transformado em superastro de Hollywood, parece se importar pouco com sua boa aparência. “Feiúra é melhor do que beleza”, diz ele. “Isso dura mais tempo e, no final, a gravidade chega para todos nós. Se você não tem mais nada a oferecer do que aparência, então quem se importa?”
Depp ainda é como um menino bonito, é claro, apesar de deixar a cabeleira crescer selvagem e de seu amor por jóias estilo hippie. O ator também é um amante de tatuagens e cachecóis e, sua assinatura, chapéu de abas largas. Completando meio século de vida, ele ainda é bem forte, mantendo o seu peso baixo “bebendo chá verde e comendo muita fruta com baixo teor de frutose, como abacaxi e morangos”.
Será que ele acha que sua imagem selvagem e excêntrica representa quem é ele hoje? “Não. As pessoas criaram uma imagem que não tem nada a ver comigo”, ele insiste, “e elas têm o poder de vendê-la e enfiá-la goela abaixo das pessoas. Eu sou apenas um cara à moda antiga”.
Perguntado há um ano atrás qual de seus personagens que ele gostaria de ser para o resto da sua vida, ele respondeu:“Provavelmente, o conde de Rochester”. Este personagem, do drama O Libertino, foi um poeta do século 17 que ficou famoso por beber e debochar de seu caminho para uma morte prematura. O ator tem evitado drogas desde que ele se tornou pai.
Seu amor por mulheres bonitas ainda é forte. Sua vida amorosa movimentada encheu os tablóides para as últimas duas décadas. Primeiro, houve compromissos com Sherilyn Fenn, Jennifer Grey, e Winona Rider, assim uma relação com a modelo Kate Moss. Depois de treze anos com Vanessa Paradis, ele agora está namorando Amber Heard.
“Eu não falo sobre os meus relacionamentos passados”, diz o astro que não tem lido qualquer história de tabloide sobre si mesmo desde 1988. “Elas são todas grandes garotas. Nós ajudamos um ao outro a passar por determinados períodos de nossas vidas”.
Do que o ator gosta de falar é sobre o seu novo filme, O Cavaleiro Solitário, um faroeste de US$ 250 milhões, assolado por dificuldades e atrasos de produção, incluindo Depp cair e ser arrastado 25 metros por seu cavalo. O projeto o reúne com o produtor de Piratas do Caribe, Jerry Bruckheimer, e Gore Verbinski, o diretor por trás dos três primeiros Piratas. Nele, Depp interpreta Tonto, um nativo americano, antagonista do Cavaleiro Solitário de Armie Hammer. Como parte dos índios americanos, ele sentiu uma conexão especial com o papel de Tonto.
“Eu sempre disse que eu era Cherokee e tal, mas pode ser Cherokee, pode ser Creek, eu não sei exatamente”, diz o ator, quando ele encontra a imprensa para promover o filme em Las Vegas. “Quando eu era criança, nós brincávamos de cowboys e índios, e eu sempre quis ser o índio. O rebelde, que é construído”.
“A única razão pela qual eu queria interpretar Tonto é tentar mexer com o estereótipo do índio americano que foi formatado ao longo da história do cinema. Esta foi uma oportunidade real para dar uma saudação a eles. Tonto foi um ajudante em toda a série Lone Ranger. Este filme oferece uma abordagem muito diferente para a parceria entre o Cavaleiro Solitário e Tonto“.
Depp apresenta Tonto com o torso completamente maquiado e um chapéu de corvo empalhado, um visual que ele ajudou a criar. Este papel é o último de uma longa linha de personagens excêntricos que ele retratou ao longo dos anos. Então, por que ele pegou esses papéis pitorescos?
Ele ri: “Este parece ser tema constante nas coisas que eu faço, que lidam com pessoas que são consideradas ‘aberrações’ por pessoas ditas ‘normais’, mas é uma boa diversão interpretar personagens como Wonka, o Capitão Jack, Raoul Duke, Sweeney Todd, o Chapeleiro Maluco e Tonto; personagens que fazem coisas que eu nunca sonharia fazer, ou falar às pessoas de uma maneira que eu nunca me forçaria a fazer”.
Agentes disseram muitas vezes a Depp para optar pelo seguro, mas ele não os ouviu. “É apenas uma questão de estar em linha reta e dizer: ‘Não, eu não serei o que você quer que eu seja. Serei o que eu quero ser”.
Continua.

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